*Paulo Curro

 

Há algum tempo, a Geração Z e os mais jovens vêm sendo o centro de muitas estratégias para gerar engajamento. Mas, há outros públicos que precisam fazer parte do planejamento quando o assunto é relacionamento com o cliente. No primeiro trimestre de 2024, o total de cadastros de pessoas com 60 anos ou mais nos programas de fidelidade representou 15% do total de 319,4 milhões, segundo dados da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização).
O grupo desempenha um papel importante na economia do país, influenciando decisões de compra em uma enorme variedade de setores. Pessoas que são, e serão, cada vez mais observadas pelos programas de fidelidade. São cidadãos conectados, que consomem novas tecnologias e gastam mais com conforto, lazer, saúde e produtos para casa. E para os quais muitas marcas já estão dedicando atenção especial. Uma tendência que deve aumentar, ainda mais, à medida que as iniciativas de fidelização se tornam mais difundidas e as pessoas mais conscientes das vantagens de participar delas.
Hoje, há diferentes exemplos de programas voltados especificamente a esse público. A Saga, empresa do Reino Unido especializada em produtos e serviços para pessoas com mais de 50 anos, por exemplo, oferece o Saga Possibilities, um programa de fidelidade com uma variedade de benefícios, como descontos em viagens, eventos culturais, entretenimento e outras ofertas.

 

Mas não são apenas as iniciativas exclusivas que vêm ganhando espaço no mercado da fidelização. Diversos outros programas oferecem benefícios para atrair e reter esses clientes, investindo em interfaces simples e intuitivas, com dispositivos que funcionem perfeitamente e sejam fáceis de operar. Além de incluir aspectos como conveniência, acessibilidade e atendimento personalizado para atender aos diferentes públicos.

 

Construir relacionamentos sólidos e duradouros com esse importante segmento demográfico faz com que as iniciativas de fidelização de uma empresa também promovam a inclusão e a responsabilidade social. Além de, é claro, impulsionar as vendas. Então, se esse público ainda não está recebendo atenção devida em sua estratégia de relacionamento e fidelização, está mais do que na hora de revê-la.

*Paulo Curro é diretor executivo da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização)