A temporada de festas de fim de ano de 2016 não podia ter terminado melhor nos Estados Unidos; os comerciantes tiveram um fluxo de receita online de US$91,7 bilhões, um aumento de 11% com relação ao ano anterior – isso é o que mostram os dados da nova análise da Adobe Digital Insights (ADI).
Assim como todos esperavam, três dias que se destacaram foram o Dia de Ação de Graças, a Black Friday e a Cyber Monday, sendo que a Black Friday e a Cyber Monday atingiram, cada uma, mais de US$ 3 bilhões em vendas online. Mas a surpresa foram as vendas da Black Friday, que tiveram o maior crescimento (21,6% na comparação com o ano anterior), enquanto as vendas da Cyber Monday cresceram apenas 12,1% no mesmo período. Com essa taxa de fechamento, a Adobe Insights Digital (ADI) estima que a Black Friday deve superar a Cyber Monday em vendas online este ano.
Outros achados do levantamento:
– Em 57 dias desta temporada de fim de ano ultrapassou-se a marca de US$ 1 bilhão em vendas, contra os 53 dias do no ano passado.
– A receita nos sete dias da última quinzena de dezembro cresceu mais de 20% e, no dia 19 dezembro, a última segunda-feira antes do Natal, foi um dos dias mais lucrativos também.
– Os comportamentos de compras mudaram após a “correria”da Black Friday / Cyber Monday. Os clientes compraram os itens mais caros na Black Friday e na Cyber Monday e, depois, os presentes de última hora e presentes inesperados mais tarde, no fim da temporada – talvez percebendo que tinham esquecido alguém. Depois da Cyber Monday, as taxas de conversão aumentaram e o valor médio dos pedidos diminuiu, até que fosse tarde demais para ser enviado a tempo das datas comemorativas. “Um bom método para estender a temporada de festas de fim de ano, e que os varejistas devem considerar usar em 2017, é o clique e retire. Se os comerciantes conseguirem promover características que incentivem a conversão de forma contínua, isso poderia gerar uma receita extra de US$ 2 bilhões para a temporada 2017 de festas de fim de ano”, afirma Becky Tasker, diretora Analista da ADI.
– Os smartphones desempenharam um papel importante nas compras de fim de ano, mas a conversão ainda foi maior em computadores. A conversão nos smartphones foi maior na Cyber Monday, em 2,8%, mas ainda assim, 26% abaixo da média da temporada em comparação aos 3,6% de conversão em computadores. Os acessos em computadores tiveram uma conversão 2,4 vezes maior do que a taxa de acessos em smartphones, o que indica que os consumidores ainda contam com seus smartphones para fazer pesquisas e, em seguida, optam pelo computador para realizar as transações. É um custo de oportunidade de US$ 4,5 bilhões, de acordo com Tasker, que disse que os comerciantes precisam trabalhar mais para fazer com que as pessoas realizem as transações no celular.
– Apesar dos computadores ainda saírem ganhando quanto à conversão, a participação dos celulares nas receitas aumentou. Entre o Dia de Ação de Graças e a Cyber Monday, por exemplo, a participação dos dispositivos móveis na receita aumentou 16% no período, chegando a uma média de 36%.