A YOUPIX, consultoria de negócios para a Influence Economy, realizou a terceira edição da pesquisa ROI e Influência 2021. Dessa vez, a empresa contou com a parceria do grupo de pesquisa AlgoritmCOM para o resultado dos dados qualitativos.

A importância do Marketing de Influência cresceu dentro das empresas e nenhuma marca acredita que essa disciplina não deve ser parte da estratégia de comunicação. O engajamento é um dos critérios mais considerados na hora de escolher um influenciador.

Durante a pesquisa, 94 grandes empresas responderam às perguntas. Mais de 60% das respostas foram de executivos de altos cargos, como CEOs, diretores, gerentes e coordenadores de empresas de diferentes segmentos.

Destas, 71% consideram o Marketing de Influência muito importante e/ou parte central da estratégia. Pela primeira vez, desde que a YOUPIX iniciou os estudos, nenhuma das marcas assinalou que o Marketing de Influência não é importante ou não faz parte da estratégia da empresa. Os dados também revelam que 83% consideram que, com a pandemia, o Marketing de Influência se tornou mais estratégico para os seus negócios.

“As marcas não têm mais dúvidas de que o trabalho com influenciadores é essencial dentro do mix de disciplinas de marketing. Isso também se refletiu no budget das marcas: as quantidades de empresas investindo mais de R$5 milhões por ano dobrou”, explicou Bia Granja, sócia e consultora de influência da YOUPIX.

Outro dado interessante é que, em relação ao investimento em 2020, é previsto que em 2021, 71% aumente o investimento.

De acordo com o levantamento feio pela AlgoritmCOM com os profissionais de marketing, a definição de influenciadores é aquela pessoa que dialoga com a sua comunidade engajando com um propósito.

“Muitas vezes esses perfis são capazes de hackear os sistemas, ou seja, de trabalhar além das normativas previstas pelas plataformas digitais, criando oportunidades para que as empresas se comuniquem com públicos de interesse, seja para awareness, seja para, efetivamente, venda/conversão”, segundo os entrevistados através da pesquisa pela AlgoritmCOM.

Em relação ao budget, houve um aumento de 68% na faixa de investimento entre 300 mil e 1.5 milhões de reais de 2019 para 2021 e os três itens que mais aparecem nas composições dos valores são: 80% de contratação direta de influenciadores, 79% de conteúdo, produção e edição; e 65% de tecnologia e ferramentas. Em relação aos resultados de 2019, vemos que as empresas estão investindo mais em conteúdo, ferramentas e pagamento direto do consumidor, já os custos com experiências (viagens, festas, etc) e press kit diminuíram de importância.

Em contrapartida, os fatores que impedem as marcas de investirem mais em influência são a dificuldade de quantificar o ROI e provar a efetividade do influenciador (72%), a dificuldade de encontrar o influenciador certo para a marca (35%), 32% acham muito caro e 27% acredita que a profissionalização do mercado ainda é baixa.

Por outro lado, a pesquisa revela que 40,6% das marcas não estabelece e nem cobra um resultado dos influenciadores e 1 em cada 3 não define as métricas e indicativos de sucesso da campanha antes de realizá-la. Para Bia Granja, da YOUPIX, a definição da atuação do influenciador dentro da estratégia de marketing da marca é ponto-chave para estabelecer a narrativa e as métricas certas de avaliação do resultado da campanha. “Isso deve ser feito ANTES da ação, no momento do planejamento. Se não sabemos onde queremos chegar e como vamos medir, nossa atuação se torna tática e não conseguiremos mensurar nada além de alcance e engajamento de posts”, completa.

De fato, 82% das marcas ainda têm como principal critério de sucesso a soma do alcance e engajamento dos posts realizados pelos influenciadores. “Isso diz pouco ou quase nada sobre o verdadeiro resultado da influência, visto que alcance e engajamento não demonstram o impacto da ação para o negócio”, diz Bia.

Os entrevistados concordaram que não há um modelo ótimo para definir o que é um ROI bom ou ruim quando se fala de trabalho com influenciadores, não só porque cada área tem as suas complexidades particulares, mas, sobretudo, porque o mercado ainda não aprendeu direito a medir isto.
Para conferir a pesquisa completa sobre ROI e Influenciadores, clique aqui.